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A asma não tem cura. Mas, ainda assim, merece alertas que podem ajudar a diminuir as crises respiratórias e até mesmo salvar vidas. Em 2021, o Sistema Único de Saúde (SUS) atendeu a 1,3 milhão de pessoas com problemas de asma, mas a estimativa do Ministério da Saúde é de que mais de 20 milhões de pessoas convivam com a doença.
Com uma nação de asmáticos que supera a população do Chile, do Equador e da Romênia, por exemplo, o entendimento das autoridades sanitárias é de que é necessário promover uma ampla campanha de conscientização e combate à doença respiratória. Pensando nisso, o 21 de Junho é, oficialmente, o Dia Nacional de Combate da Asma. O alerta serve para o ano todo, mas no período mais frio a atenção deve ser redobrada.
“A principal característica da asma é a inflamação crônica dos brônquios, que são responsáveis por levar o ar para dentro dos pulmões. Essa inflamação pode ocorrer por diversos fatores, mas principalmente quando o paciente se expõe a cheiros muito fortes, fumaça, ácaros, poeira e pelos de animais”, explica Dr. Leonardo Meira, médico pneumologista do Hospital Felício Rocho. “No frio, as vias aéreas ficam mais ressecadas, e isso deixa o caminho mais livre para o acesso de substâncias que podem agravar a saúde de quem tem a doença”, complementa.
“Embora a asma seja uma doença ainda sem cura, há procedimentos que ajudam a evitar as crises, que podem levar à morte. O principal deles é a identificação e eliminação dos fatores de risco, como a poeira. O ambiente do asmático deve ser bem limpo e arejado. A higienização deve ser com aspirador de pó, para não levantar poeira, e convém não haver tapetes, carpetes, almofadas nem acúmulos de papéis que possam acumular poeira”, orienta.
Outra forma de combate às crises desencadeadas pela doença é o uso de medicamentos com propriedades broncodilatadores e anti-inflamatórios, que atuam no relaxamento e alargamento dos brônquios. Em casos mais graves, também são recomendados imunomodulares, que fortalecem as respostas do sistema imunológico contra microrganismos que contribuem para as crises asmáticas.
“É muito importante que não apenas o portador de asma tenha esses cuidados, mas também a família e as pessoas que convivem com o problema. Além disso, o asmático deve realizar visitas periódicas ao médico dependendo do grau de controle e a gravidade de cada caso. Quanto mais informações o paciente tiver sobre a doença e mais intensa for a forma de cuidado, menos arriscada será a doença”, conclui o pneumologista do Hospital Felício Rocho.
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